Dirigido por Pascale Pouzadoux, A ULTIMA LIÇÃO estreia
dia 22 de dezembro, distribuído pela Esfera Filmes. O filme, aclamado
pela crítica francesa, é baseado no livro francês de Noëlle Chatelet,
com Marthe Villalonga, Sandrine Bonnaire (Mulheres Diabólicas) e Antoine
Duléry.
A ULTIMA LIÇÃO gira
em torno de Madeleine, 92 anos, que decide marcar a data de sua morte e
toma todas as providências para que tudo se passe da melhor maneira.
Porém, quando informa sua decisão à família, muitos conflitos vêm à
tona, e sua intenção de prepará-los carinhosamente para sua ausência se
transforma em uma grande confusão familiar. Sua filha Diane respeita a
escolha da mãe e divide com ela o humor e a cumplicidade desses últimos
momentos.
Madeleine,
92 anos, decide marcar a data de sua morte e toma todas as providências
para que tudo se passe da melhor maneira. Porém, quando informa sua
decisão à família, muitos conflitos vêm à tona, e sua intenção de
prepará-los carinhosamente para sua ausência se transforma em uma grande
confusão familiar. Sua filha Diane respeita a escolha da mãe e divide
com ela o humor e a cumplicidade desses últimos momentos.
“Tive
vontade de fazer esse filme para transmitir a importância de viver ao
máximo no tempo presente, para não se arrepender depois. A saudade e a
tristeza da ausência são incontornáveis, mas o arrependimento é muito
pior.”
Pascale Pouzadoux
INSPIRADO EM FATOS REAIS
Mireille
Jospin, mãe do ex-primeiro ministro francês Lionel Jospin e da filósofa
Noëlle Châtelet, se suicidou no dia 6 de dezembro de 2002, aos 92 anos.
Obstetra aposentada, ela escolheu por fim à sua vida com muita
consciência, para se manter fiel a alguns princípios de vida e de morte.
Três meses antes do Dia D, ela anunciou sua decisão à família.
O
caso deu origem ao livro “A Última Lição”, lançado pela Ed. Seuil em
2005. Nesta narrativa autobiográfica, Noëlle Châtelet nos faz viver
esses três últimos meses de sua mãe com uma honestidade rara. Não se
trata de um livro triste, pelo contrário. Recheado de gargalhadas e
momentos de muita intimidade, o relato nos permite descobrir como a
morte de uma mãe é uma etapa suplementar no decorrer da vida, uma etapa
que se inscreve num lento processo de renúncia. O livro também é uma
declaração de amor a uma mãe extraordinária.
DEFESA DE UMA CAUSA
Pascale Pouzadoux fez o filme com o mesmo objetivo que levou Noëlle Châtelet a escrever seu livro: “Meu
desejo era que um dia as pessoas mais velhas fossem livres e pudessem
decidir partir sem sofrimento, caso assim o desejassem”. Mireille Jospin foi uma militante desta causa e criadora da ADMD – Associação pelo Direito a Morrer Dignamente.
INSPIRAÇÃO LIVRE
Os
créditos do filme anunciam uma “inspiração livre do livro de Noëlle
Châtelet, transposto para uma família fictícia”. A preocupação da
diretora era representar filosoficamente as ideias de Mireille Jospin,
sem se prender aos fatos. O fato de um de seus filhos ser um político
com muita projeção a levou a buscar o anonimato. Criou-se assim um
núcleo familiar fictício, composto por protagonistas com pontos de
vistas bem diferentes.
A MORTE COM HUMOR E LEVEZA
“Quando
encontrei a autora do livro, Noëlle Châtelet, ela ficou bem interessada
no fato de eu já ter feito comédias, pois ela desejava a presença do
riso nessa história. Ela queria desdramatizar a morte. Para ela, estava
fora de cogitação que o filme fosse pesado ou apelativo.”, nos conta a diretora.
“O
humor é um prisma para suportar a condição humana. Por que alguns
filmes são tão difíceis quando abordam a morte? Porque subtrai-se o riso
e a vida. Mas a morte não é isso. Quando ela se torna eminente, um
sentimento de sobrevivência e de último suspiro extremamente potente se
instala no interior do corpo e dizemos: “carpe diem”. Minha grande
referencia foi ‘As Invasões Bárbaras’, um filme ao mesmo tempo dramático e engraçado.”
“A personagem de Madeleine só consegue abordar a morte de maneira tão serena porque ela viveu a vida de forma plena.”
ACEITAR A MORTE
Quando a filha Diane aceita a morte de sua mãe, o filme se torna mais vivo: “o
conflito e a cólera cedem lugar à leveza e à ‘joie de vivre’. Ela se
divertem juntas, bebem, comem, riem. Daí meu desejo de deixar entrar
cada vez mais luz à medida que o filme avança em direção à morte. A cena
em que elas comem ostras é de uma leveza absoluta, a luz é
translúcida.”, conta Pascale Pouzadoux.
FECHANDO CICLOS
No filme, a personagem de Madeleine também é obstetra, como foi Mireille Jospin na vida real. Diz sua filha Noëlle: “Quem
melhor do que quem trabalha com parto para saber os limites entre a
vida e a morte? Minha mãe sempre dizia: ‘somos recebidos na vida com
flores e presentes, por que não podemos partir da mesma forma? Para ela
isso era um único gesto. Chegar e partir, o ciclo se fecha.”
CRÍTICAS:
"Uma delicadeza”
Pierre Vavasseur, Le Parisien
“Cenas de ternura avassaladora sobre o atardecer de uma vida”
Sandra Benedetti, Studio Ciné Live
“Aborda com muita leveza o tema sensível do fim da vida”
Le Journal des Femmes
“A atriz Marthe Villalonga, magnífica em suas rugas, nobre em seu humor, eleva o filme ao céu”
Sandra Benedetti, L’Express
“A cumplicidade entre a mãe e a filha faz deste filme uma fantástica ode à vida”
“Um filme sobre o fim da vida que nos faz rir e chorar”
Caroline Vié, 20 Minutes
“Um belo filme, digno e sóbrio".
Philippe Ross, Télé 7 Jours
“Um filme comovente, que evita qualquer sentimento de piedade ou melancolia graças às intérpretes”
Jean Serroy, Le Dauphiné Libéré
"A força da história está nos múltiplos pontos de vista, sem nunca julgar”
Stéphanie Belpêche, Le Journal du Dimanche
“Forte química entre Marthe Villalonga e Sandrine Bonnaire”
Le Nouvel Observateur
Direção: Pascale Pouzadoux
Roteiro: Pascale Pouzadoux, Laurent de Bartillat
Elenco: Marthe Villalonga, Sandrine Bonnaire, Antoine Duléry
País: França
Ano: 2015
Classificação: A definir
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