UM AMOR À ALTURA é uma comédia romântica
protagonizada pelo ganhador do Oscar de melhor ator Jean
Dujardin, estreia nesta quinta-feira, dia 4 de agosto, após ser
um dos destaques do Festival Varilux de Cinema Francês.
O longa é uma refilmagem inspirada no argentino “Coração de
Leão” (2014), dirigido por Marcos Carnevale. Na versão
argentina, o papel vivido por Jean Dujardin foi interpretado por
Guillermo Francella, que também integrou o elenco do “O Segredo
de Seus Olhos” ganhador do Oscar de Melhor filme estrangeiro em
2009.
O filme argentino não foi lançado comercialmente na França e
por isso, o diretor Laurent Tirard foi convidado pela produtora
sul-americana, que já pensava em uma possibilidade de
refilmagem, a assistir ao filme. Após assistir à versão
argentina, Tirard se viu absolutamente cativado.
“Em Coração de Leão”, existe uma história forte, audaciosa, inesperada, com forte potencial emocional. O grande desafio seria despoja-la de alguns clichês melodramáticos sul americanos e acrescentar um ‘caldo’ mais europeu”, conta.
UM AMOR À ALTURA conta a história de Diane
(Virginie Efira), uma advogada recém-separada, que recebe um
telefonema de Alexandre (Jean Dujardin), um arquiteto que
encontrou seu telefone perdido. Quando eles se encontram, a
reunião toma um rumo inesperado.
Como o original foi protagonizado por uma estrela do cinema
argentino, a produção sabia que reduzir a uma altura de 1m40 um
ator conhecido, dotado de um certo charme e sex appeal
fazia parte do sucesso do filme.
“Vamos ser loucos, vamos convidar Jean Dujardin! Entregamos o roteiro para ele e ele topou 24horas depois!”, conta o diretor. Devido a compromissos na agenda do ator, as filmagens foram adiadas até a primavera de 2015
“Jean é um grande trabalhador, muito profissional e disciplinado. Foi um privilégio trabalhar com ele”, complementa.
Já a escolha da atriz que interpreta Diane, o par romântico de
Alexandre, não foi tão simples. O diretor teve dificuldades em
encontrar a atriz que encaixasse no perfil da personagem. Foram
feitos diversos testes até que ele viu Virginie Efira
interpretando o papel e soube que ela seria perfeita.
“Virginie também é muito trabalhadora, já foi apresentadora de TV e se tornou uma grande atriz. Inteligente, culta e refinada. Ela tem um timing perfeito para comédia”, fala o diretor.
Para Jean Dujardin o filme lhe pareceu uma oportunidade única
em sua carreira. “A priori este tipo de comédia não faz
muito o meu estilo, mas fiquei curioso de saber como poderia,
tecnicamente, interpretar um homem de 1m40”, explica o
ator. Para ele a experiência de interpretar Alexandre trouxe
algo de humildade.
“Quando a gente tem que medir apenas 1m40, temos que interpretar de joelhos ou sentado em uma cadeira, ficamos mais modestos. Além disso, esse tamanho modifica seu olhar sobre as coisas. É como ver as coisas novamente como uma criança. Mas esse filme não fala disso. Ele fala sobre todas as pessoas que têm algum tipo de complexo e isso é muito interessante”, complementa.
Para dar a ilusão de um Jean Dujardin com pouco mais de 1m40 de
altura, numerosos efeitos especiais foram utilizados na
pós-produção e também diretamente no set de filmagem, de forma
mais artesanal.
“Foram usados vários tipos de recursos, de truques simples como colocar Jean de joelhos e filma-lo apenas dos ombros para cima ou forçar perspectivas colocando-o mais distante, de forma que ele parecesse menor, até métodos mais complexos com efeitos especiais digitais”, explica o diretor.
Além dos efeitos especiais, a equipe teve que encontrar um
duble de 1m40 para Dujardin. Esse duble fez todas as cenas em
que o personagem aparecia de costas. Ele ficava diariamente no
set, convivia com todos no set de filmagem e foi fundamental
para a construção de diversas sequencias, pois compartilhava com
a equipe situações reais pelas quais ele passava diariamente.
As filmagens aconteceram na cidade francesa de Marselha.
“Eu não queria que essa história se desenrolasse em uma grande metrópole como Paris ou Londres onde há uma diversidade enorme de pessoas e uma pessoa de 1m40 passaria despercebida pela multidão. Mas precisava ser uma cidade grande e eu gostaria muito que houvesse sol para que a história tivesse um toque quase californiano. Me apaixonei por Marselha. A cidade tem um lado caótico, psicodélico da Paris dos anos 70. Ver as pessoas andando de lambreta sem capacete tem um lado romântico. Em um mundo que se torna cada vez mais uniforme e asséptico, essa cidade me parece como um sopro de ar fresco”. Fala o diretor.
Para criar as cenas românticas do filme, Laurent Tirad pegou
como referência a obra de Frank Capra. “Ele flerta sempre com
o conto, com uma visão de bondade das pessoas, sem mostrar a
maldade, mas sempre muita humanidade”, explica. Além de
algumas comédias românticas hollywoodianas e inglesas como “Uma
Linda Mulher” (1990) e “O diário de Bridget Jones” (2001).
Um Amor à Altura | Un Homme à la Hauteur
Diane, uma advogada, recém-solteira, recebe um telefonema de
Alexandre, um arquiteto charmoso que ela nunca conheceu, e que
irá ajudá-la a encontrar seu telefone perdido. Quando eles se
encontram, a reunião toma um rumo inesperado.
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