O
filme
PARATODOS
acompanha o
cotidiano de
quatro equipes
de atletas
paralímpicos
brasileiros
nos duros
treinamentos e
principais
competições,
registrando
com
sensibilidade
o dia a dia
desses grupos
na luta por
vitórias,
recordes e
medalhas.
Esses atletas
levantam e
emocionam
plateias mundo
afora, mas
principalmente
despertam para
um tema
urgente: a
necessidade de
ampliar o
diálogo sobre
inclusão e
acessibilidade
da pessoa com
deficiência na
sociedade
brasileira.
Dirigido
por Marcelo
Mesquita e
roteirizado
por Peppe
Siffredi, da
Sala12,
coproduzido
pela Barry
Company e
distribuído
comercialmente
pela O2 Play,
o filme será
lançado no
início de
junho,
simultaneamente
em circuito
comercial nos
cinemas e em
sessões
especiais para
as comunidades
escolares.
Ao
assistir pela
primeira vez a
uma
Paralimpíada,
Londres 2012,
o diretor
Marcelo
Mesquita,
fanático por
esportes,
“tomou um
susto” ao ver
Alan Fonteles,
21 anos,
brasileiro do
Pará, vencer o
maior atleta
paralímpico da
história,
Oscar
Pistorius.
Após o feito,
vieram os
questionamentos:
Quem é ele?
Como ele corre
sem as duas
pernas? Como
ele pode ser
tão rápido?
Como tem tanta
gente neste
estádio se as
Olimpíadas já
acabaram? Como
um brasileiro
venceu o maior
de todos? O
Brasil é uma
potência
paralímpica,
como assim? E
a principal
questão: “Como
eu não sei
responder a
nenhuma destas
questões?”.
Com
esta motivação
surgia
PARATODOS, um
filme que
parte do
esporte para
abordar
questões
humanas. Nos
treinos, em
competições,
sob pressão,
nas derrotas,
nas vitorias,
revela-se a
verdadeira
personalidade
e os conflitos
dos indivíduos
retratados, e
eles são
comuns a
todos. O filme
foge do lugar
comum da
superação da
deficiência
para abordar
problemáticas
como egotrips,
autoestima,
esperança,
bullying,
perfeccionismo,
companheirismo. É é um filme de esporte em que nem todos vencem; um
filme sobre
pessoas com
deficiência
que possui
tensão, humor,
emoção; um
filme sobre um
Brasil que dá
certo, que
vence, dá
espetáculo.
Busca-se
também através
deste
documentário,
que antecede a
primeira
Paralímpiada a
ser realizada
na América do
Sul, trazer o
debate sobre a
inclusão à
tona,
colaborando na
luta por um
país mais
acessível,
justo e
inclusivo.
Nossos
atletas, além
de levantar e
emocionar
plateias mundo
afora pelo
alto nível das
performances,
despertam a
atenção em
torno de um
tema latente:
a necessidade
de se ampliar
o diálogo
sobre a
inclusão da
pessoa com
deficiência
física na
sociedade.
Distribuição
do filme em
escolas
públicas
O
projeto de
distribuição
diferenciado
do PARATODOS
em escolas
públicas foi
desenvolvido
pela própria
Sala12 em
parceria com a
Taturana -
Mobilização
Social, e
patrocinado
pela Caixa
Cultural. Tem
como objetivo
fortalecer o
diálogo sobre
educação
inclusiva e
acessibilidade
integrando a
rede pública
de ensino a um
circuito
cultural mais
amplo, por
meio do
cinema.
“Optei
por uma
distribuição
diferenciada
porque eu
cansei de
fazer cinema
para pouca
gente. A
verdade é
essa! E acho
que trabalhar
um filme na
escola, no
processo de
formação, é
uma honra e
uma
oportunidade
muito grande
para ambos os
lados: para o
realizador e
para quem está
assistindo”,
afirma o
diretor
Marcelo
Mesquita.
A
ideia do
circuito nas
escolas também
é tornar o
filme
acessível a
todos, e
ampliar a
visibilidade
dos nossos
atletas
paralímpicos.
O esporte,
seja ele de
alto
rendimento ou
lazer, permite
uma abordagem
mais ampla,
que vai desde
mobilidade
urbana até
acesso a
educação e
cultura no
Brasil.
O
filme é
acompanhando
de um material
complementar produzido em parceria com s organizações da
sociedade
civil: Ação
Educativa,
APAE-SP,
Coletivxs,
Instituto
Rodrigo
Mendes, que
poderá ser
acessado
online pelo
site do
projeto.
Docentes
e outros
atores das
redes públicas
de ensino são
convidados
para serem
protagonistas
nesse
lançamento
conjunto, e
podem inspirar
muitas
conversas e
diálogos.
Parceria
com a
Secretaria do
Estado dos
Direitos da
Pessoa com
Deficiência de
São Paulo e
com a
Secretaria da
Educação do
Estado de São
Paulo e evento
de lançamento
do projeto
A
Secretaria do
Estado dos
Direitos da
Pessoa com
Deficiência de
São Paulo e
com a
Secretaria da
Educação do
Estado de São
Paulo
são
parceiras do
projeto e
realizam,
juntas, uma
sessão
especial do
filme, com a
presença de
autoridades e
seguida de
bate-papo com
o atleta
Paralímpico
Yohansson do
Nascimento e o
diretor do
filme Marcelo
Mesquita.
A sessão especial do filme e lançamento
do projeto do
circuito de
exibição do
filme nas
escolas de São
Paulo acontece
no dia 1 de
junho, às 10h,
no auditório
da Secretaria
dos Direitos
da Pessoa com
Deficiência na
Av. Auro
Soares de
Moura Andrade,
564 – portão
10 – Barra
Funda.
Para
confirmar
presença no
evento de
lançamento:
(11) 5212-3728
ou
elianaban@sp.gov.br
Para
levar o filme
à sua escola
As
escolas que
desejam
participar do
projeto e
levar o filme
para suas
unidades,
devem
preencher o
formulário
pelo
www.taturanamobi.com.br
Toda
escola que
quiser
organizar uma
ou mais
sessões do
filme, deve
preencher
todos os
campos do
formulário. O
preenchimento
pode ser feito
diretamente
pelo
responsável
que realizará
a sessão.
SINOPSE:
PARATODOS
mergulha no
cotidiano de
alguns dos
principais
atletas
paralímpicos
brasileiros
para
investigar os
bastidores do
esporte de
alta
performance e
discutir a
inclusão da
pessoa com
deficiência na
sociedade. No
universo
paralímpico,
se superar não
é uma opção ou
gesto de
heroísmo, é
somente o
ponto de
partida. “Se
você olhar
para o que uma
pessoa pode
fazer em vez
do que ela não
consegue
fazer, a
perspectiva
muda e
perde-se a
visão de
coitadinho”
(Andrew
Parsons,
presidente do
Comitê
Paralímpico
Brasileiro).
PERSONAGENS:
Alan
Fonteles:
velocista
detentor do
recorde dos
100m e 200m.
Nos Jogos de
Londres, ele
superou Oscar
Pistorius, o
único atleta
da história a
competir entre
os
convencionais,
e conquistou o
ouro nos 200m
rasos. Virou
capa de
jornais,
fechou
contratos de
patrocínio e
se tornou um
dos símbolos
do esporte.
Mas a sua luta
pela vida
começou cedo.
Com apenas 21
dias de vida,
teve as pernas
amputadas
depois de uma
infecção.
Começou a
correr com
oito anos
depois de
assistir ao
ídolo Robson
Caetano nas
pistas, e
assim o menino
que corria com
próteses
rústicas,
passou a
correr com as
lâminas
especiais que
o levaram ao
sucesso.
Porém, em
2014, passou a
faltar em
treinos,
ganhou peso e
foi afastado
da seleção.
Agora ele está
tentando
provar que
ainda é o
grande atleta
que fora até
pouco tempo
atrás.
Daniel
Dias: maior
nadador do
mundo, um
colecionar de
prêmios e
recordes: 15
medalhas em
Jogos
Paralímpicos.
Recebeu o
troféu
Laureus, vulgo
"Oscar do
Esporte", como
Melhor Atleta
com
Deficiência em
2009 e em
2013. Apenas
quatro outros
brasileiros
receberam este
prêmio: Pelé,
Ronaldo
Fenômeno, Bob
Burnquist e
Raí. Daniel
nasceu com má
formação
congênita dos
braços e da
perna direita,
mas isso nunca
o impediu de
participar das
peladas com os
amigos. O
tempo passou
e, aos 16
anos, o campo
deu lugar às
piscinas. E
pouco depois a
sua
consagração
nos Jogos de
Pequim. Hoje o
nadador já tem
conquistas
suficientes
para estar
entre os
maiores do
esporte
brasileiro,
olímpico ou
paralímpico.
Fernando
Fernandes: o
tetracampeão
mundial de
paracanoagem
era um modelo
de renome,
estudou
teatro,
participou do
reality show
Big Brother
Brasil 2, fez
fotos para
Vogue,
campanha para
Dolce &
Gabbana, e em
paralelo
praticava
esportes e
cursou
educação
física. Até
que no dia 04
de julho,
quando voltava
para casa após
uma partida de
futebol,
sofreu um
acidente que
lhe causou
lesões medular
e cerebrais.
Perdeu o
movimento das
pernas.
Durante um
período de
fisioterapia,
descobriu a
modalidade que
novamente o
consagraria no
mundo todo: a
paracanoagem.
Poucos meses
depois do
acidente,
Fernando
começou a
competir e se
tornou uma
referência da
canoagem
paralímpica:
tricampeão
sul-americano,
tetracampeão
mundial,
bicampeão
Pan-americano,
pentacampeão
brasileiro e
campeão da
Copa do Mundo.
E o atleta
quer mais:
voltar a andar
e a medalha
nos Jogos
Paralímpicos
Rio 2016.
Terezinha
Guilhermina: a
velocista cega
mais rápida do
mundo. Nos
Jogos
Paralímpicos
Londres 2012,
ao completar a
prova dos 100m
em 12’01”,
garantiu seu
lugar no livro
dos recordes.
Mineira, de
origem pobre,
formada em
psicologia
depois de
adulta,
colecionadora
de prendedores
de cabelo,
descobriu
apenas aos 16
que que nasceu
com retinose
pigmentar,
doença
congênita que
provoca perda
gradual da
visão. Antes,
acreditava que
era assim que
todo mundo
enxergava. Dos
seus doze
irmãos, cinco
também têm
deficiência
visual. Quando
está
competindo,
ela diz que se
sente uma
"artista"
diante da
possibilidade
de apresentar
ao mundo
aquilo que
mais sabe e
gosta de
fazer: correr.
Veterana,
deseja que
2016 seja o
ano de sua
vida
profissional,
para, em
seguida,
alcançar seu
ápice como
mulher: ser
mãe.
Susana
Schnarndorf: a
única atleta
da delegação
paralímpica
brasileira a
ter
representado o
país tanto
entre os
convencionais,
antes de sua
doença se
manifestar,
quanto entre
os
paralímpicos.
Até os 30 e
poucos anos,
ela era uma
das principais
triatletas
brasileiras,
tendo
participado de
13 edições
Iron Man e
vencido alguns
deles, e mãe
de três
crianças,
sendo uma
delas
recém-nascida.
De um dia para
o outro, esta
pessoa que
possuía um
corpo
“perfeito” cai
na cama com
uma doença
degenerativa
muscular
gravíssima,
uma espécie de
Parkinson
raríssimo
combinado com
outras
moléstias.
Através da
natação, ela
recupera parte
de seus
movimentos e
volta a
competir,
vencendo uma
medalha de
ouro no
mundial de
natação no
Canadá.
Atualmente,
Susana, que
luta contra a
doença que
progressivamente
diminui sua
capacidade
motora e
intelectual
para poder
representar o
Brasil nos
jogos, precisa
ser
reclassificada
para continuar
competitiva e
obter índices
para
participar dos
Jogos.
Yohansson
do Nascimento:
nasceu com má
formação nas
mãos, fato que
não o impediu
de agarrar as
chances que a
vida lhe
reservou. Aos
17 anos, entra
em contato com
o atletismo
quase por
acaso e, aos
21, recebe sua
primeira
medalha
paralímpica.
Ele é um
exemplo de
esportista.
Obstinado nos
treinos,
sereno e
simpático fora
das pistas,
ele se destaca
pelos
resultados:
vencedor de
quatro
medalhas
paralímpicas
em duas
edições
diferentes dos
Jogos, e se
destaca também
pela alegria,
pela simpatia,
pelo carisma
que possui. Em
Londres,
protagonizou
uma cena que
ficou
imortalizada
na historia
dos Jogos,
logo após
vencer os 200
metros, ele
exibiu um
cartaz em
plena pista no
qual pedia sua
noiva em
casamento.
Fernando
Cowboy Rufino:
fisiculturista
e montador de
rodeios,
Fernando
Rufino, o
Cowboy, sofreu
quatro
acidentes
antes de se
tornar um dos
grandes nomes
da
paracanoagem.
“Acho que Deus
tem caminho
pra gente. A
única coisa
que me faria
parar de
montar em
touros seria
virar
paralitico.
Aqui é roseta,
é loucura”. É
assim, com
sotaque
carregado, de
chapéu e um
sorriso largo,
que Cowboy
resume as
fatalidades
que o levaram
a se tornar um
grande
canoísta: ele
foi pisoteado
por um touro
competindo num
rodeio,
atropelado por
um ônibus do
qual caiu pela
porta, colidiu
contra uma
arvore de
carona numa
moto e foi
atingido por
um raio
durante um
temporal em
casa. De lá
pra cá, entre
outras
conquistas,
ele foi ouro
no campeonato
Pan-americano
no México,
prata e um
bronze nos
mundiais na
Rússia e a
Itália,
vice-campeão
Europeu na
Republica
Tcheca e ouro
no
Sul-americano.
Ricardinho:
o melhor
jogador do
futebol de
cinco do mundo
na
atualidade. Aos
oito anos de
idade, depois
de dois anos
lutando contra
um problema na
visão, ficou
cego. Na
época, pensou
ser o fim do
seu sonho de
ser jogador.
Hoje, é um
craque
reconhecido.
Nas escolinhas
do Santa
Luzia, em
Porto Alegre,
o atleta
reencontrou o
futebol e já
era destaque
aos 12 anos,
quando atuava
contra meninos
de 15, 16 e
17. Aos 15,
ele foi
selecionado
para a seleção
brasileira e
um ano depois,
foi eleito
melhor jogador
do Mundial. Em
2010, foi
campeão e, daí
em diante, sua
carreira só
melhorou. Ele
treina em dois
turnos, com
ênfase na
preparação
física e no
aprimoramento
técnico.
Acredita que
ter enxergado
antes ajuda na
sua
performance.
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