Festival Varilux de Cinema Francês 2016 |
Filme
premiado em Cannes, longa protagonizado por vencedor de
Oscar e produção com os atores mais admirados da França.
Esses são alguns dos pontos altos da edição 2016 do Festival
Varilux de Cinema Francês. Neste ano, o festival ganhará uma
semana a mais de exibição em relação à edição anterior –
ficará em cartaz de 8 a 22 de junho em 50 cidades
brasileiras. Ao todo, a programação contará com 15 filmes
inéditos e um grande clássico do cinema francês.
O
premiado ator francês Omar Sy, que ficou conhecido e
admirado mundialmente por sua atuação em “Intocáveis”,
poderá ser visto novamente, agora em “Chocolate”,
interpretando o primeiro artista circense negro na França da
Belle Époque, no filme de Roschdy Zem, que virá ao
país para apresentar o longa. O festival exibirá também o
filme, seleção oficial do Festival de Cannes 2015, “Meu
Rei”, de Maïwenn, drama com as estrelas Vincent
Cassel e Emmanuelle Bercot, premiada com a Palma de Ouro de
melhor atriz. E o ator vencedor do Oscar Jean Dujardin volta
às telonas em “Um Amor à Altura”, comédia
romântica de Laurent Tirard. Na produção, Dujardin ajudará a
personagem de Virginie Efira a encontrar seu telefone celular perdido e essa
história tomará um rumo inesperado. A consagrada atriz
belga, que esteve recentemente em Cannes divulgando dois
filmes, também confirmou presença no Brasil.
Dentro do diversificado leque de produções francesas, estão
ainda na programação a premiada animação “Abril e o
Mundo Extraordinário”, de Franck Ekinci e
Christian Desmares, vencedor do prêmio Cristal no Festival
de Annecy; “O Novato”, do jovem diretor e
roteirista Rudi Rosenberg, que com humor e ironia foca
no universo adolescente baseado em suas próprias
vivências; “A Corte”, comédia dramática de
Christian Vincent, sobre um juiz durão que acaba amolecendo
ao se deparar durante um julgamento com uma jurada por quem
tinha sido apaixonado anos antes e o drama “Um Belo
Verão”, de Catherine Corsini, que aborda as
questões em torno da liberdade sexual e feminismo na Paris
da década de 70.
Ao
diretor Roschdy Zem e à atriz Virginie Efira, se junta o
diretor Philippe Le Guay (Pedalando com Molière),
que traz a comédia “Flórida”, com Sandrine
Kiberlain e Jean Rochefort, dois ícones de gerações
diferentes do cinema francês, inspiração para o cartaz dessa
edição do festival. A jovem e premiada atriz Lou de Laâge (Respire),
que interpreta uma médica francesa da Cruz Vermelha
atendendo sobreviventes da Segunda Guerra até chegar a um
convento Beneditino onde freiras estão prestes a dar à
luz, no drama histórico “Agnus Dei”,
de Anne Fontaine, o badalado e também premiado ator Vincent
Lacoste (Hipocrátes, Diário de uma Camareira), protagonista
ao lado da atriz Julie Delpy, da comédia, “Lolo, o
Filho da Minha Namorada”, dirigida pela própria
atriz, e o jovem Finnegan Oldfield do drama “Os
Cowboys”, de Thomas Bidegain, em que vive Kid, o
irmão que acompanha a saga de seu pai em busca da sua filha
adolescente fugida de casa, e com suspeita de ter se
convertido ao Islã, completam a delegação francesa que
participará de apresentações e debates nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro.
Completam
a lista de filmes, o longa “Marguerite”,
de Xavier Giannoli, com Catherine Frot, premiada com o Cesar
2016 da Melhor Atriz, baseado na história da rica e
excêntrica americana Florence Foster Jenkins que não desistiu de
cantar em público apesar de não ter talento algum.
O drama de guerra, “Viva a França!”, de
Christian Carion, que se passa numa pequena cidade ao norte
da França nos anos 40; “La Vanité”,
comédia dramática de Lionel Baier com a atriz espanhola
Carmen Maura sobre um velho arquiteto que recorre a uma
associação de auxílio ao suicídio, e “Um
Doce Refúgio”, de Bruno Podalydes, que, além de escrever
e dirigir, ainda atua no papel principal da comédia.
Como já é esperado
pelo público, o festival exibirá ainda um grande
clássico francês. O escolhido deste ano é o filme “Um
Homem e uma Mulher”, de Claude Lelouch, em
homenagem ao seu 50º aniversario de lançamento. O romance
com Anouk Aimée e Jean Trintignant foi o vencedor da Palma
de Ouro em 1966 e também do Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro e roteiro original no ano seguinte.
O
festival manterá a tradição e promoverá atividades
paralelas, desta vez com novidades: pela primeira vez será
realizada a “Oficina de Crítica Cinematográfica”,
voltada para profissionais mais experientes ou com menos
tempo de mercado, que será ministrada no Rio de Janeiro pelo
renomado crítico francês Jean-Michel Frodon, ex-diretor da
redação da prestigiada revista “Cahiers du Cinéma”.
A
edição 2016 também realizará pelo quinto ano a oficina
franco-brasileira de roteiros audiovisuais no Rio de
Janeiro, que desta vez será dividida em três temas –
roteiros para TV, cinema e comédia e, além disso, ganha uma
edição no Recife, na modalidade formatos para televisão. Com
coordenação de François Sauvagnargues, especialista de
ficção e diretor geral do Festival International de
Programmes Audiovisuels - FIPA de Biarritz, França, o
objetivo da oficina é qualificar o trabalho desenvolvido por
roteiristas brasileiros profissionais através do intercâmbio
com renomados roteiristas franceses. A oficina do Rio conta
com o patrocínio da RioFilme, e apoio da Associação
Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão –
ABPITV, do Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros –
ICAB, e do Conservatório Europeu de Escrita Audiovisual. No
Recife, a iniciativa conta com o apoio do Instituto Francês
do Brasil, da Aliança Francesa de Recife, da
Portomídia/Porto Digital, do Centro Audiovisual Norte
Nordeste - CANNE e da Secretaria de Cultura do Estado de PE.
Para
o incentivo à formação de novos públicos, ao todo, 20
cidades receberão as sessões educativas do Festival Varilux.
E, como de costume, o evento terá sessões de democratização
em espaços alternativos do Rio, São Paulo, Brasília e Belo
Horizonte.
Para
o diretor da Bonfilm e do Festival, Christian Boudier, há
muito que comemorar. A edição 2016 do festival iguala o
recorde de cidades – 50, ao todo -, mas dobra a duração do
evento. “O Festival Varilux já se consolidou como um dos
principais eventos incentivador e difusor da cultura
francesa no Brasil. O público já reconhece a sua importância
e, mais do que isso, espera ansiosamente pela realização do
festival. Por isso, ganhar uma semana a mais de exibição é
um presente para nós, realizadores, e principalmente, para o
fã do bom cinema francês”, comemora.
Maurício
Confar, Diretor de Marketing da Essilor/Varilux –
patrocinadora desde
a primeira edição do Festival Varilux de Cinema Francês
há 13 anos, engrossa o coro.
“Essa parceria com a Bonfilm tem como objetivo principal levar cultura à população de diversas regiões do país e não somente dos grandes centros urbanos. Além disso, a iniciativa está ligada à questão do olhar humano, que é o nosso foco, além de promover a interação entre as culturas brasileira e francesa”, diz.
0 comentários:
Postar um comentário